domingo, 11 de dezembro de 2011

Horizonte intocável

Há um horizonte escuro
Calmo, limpo, delicado
Além do mar que vai e volta
Acima das ressequidas folhas
das árvores que caem

Há um horizonte imenso
Amplo como os bosques que o cercam
Triste e distante do cais
Alheio às margaridas presas ao solo
Silencioso como um homem que caminha só

Há um horizonte eterno
Que faz digna a caminhada do peregrino
Remete aos incansáveis girassóis
Nasce entre cacos e joios
Faz lembrar com saudade o caminho de volta pra casa

Há um horizonte claro 
Visivelmente longe do pássaro pousado
De tão mágico parece simples
Como um barco a navegar 
Ou um garoto a planejar





5 comentários:

AquilesMarchel disse...

poema me lembra horizonte distante do los hermanos
mas nao so pelo titulo

pox abacana faz tempo que na venho aqui

Kenia Cris disse...

Quem persegue o horizonte tem paixão pelo mistério que reside nas coisas que o olho quase não alcança.

Um dia você acorda e descobre o amor pelas coisas ao alcance das mãos.


Beijo grande. <3

Barbara Nonato disse...

Esse horizonte é de todos nós, e ele pode ser escuro, imenso, eterno e/ou claro, depende apenas dos olhos que o observam e da esperança contida nesses.

Lindo, Anderson!

Poeta da Colina disse...

Há um horizonte possível, e apenas isso.

Dry Neres disse...

Sutil e profundo... Saudade, amigo!

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