domingo, 29 de maio de 2011
Da correria da vida faço canção
Das alegrias, batidas leves em sol maior...
De preocupação constante, um ré dissonante...
Dos afetos, dedilho um sol menor...
Das esperanças, um dó pra não esquecer...
Das tristezas eu cuido com lá menor...
Das dores e filosofias breves, desejo que me leve, oh mi menor...
Das orações, ré menor, também para guerrear e não me encontrar só...
Minhas fúteis incertezas são boleros tristes...
Encontros passageiros encaro como o samba...
Danço valsa com minhas saudades...
Faço um rock das vontades...
Assim caminho e danço...
entoando canções ao vento,
compondo sinfonias ao tempo,
orquestrando invento e tento,
um passo lento,
que um olhar atento,
mesmo que pouco bento,
me traga algum alento.
E há som mesmo no absoluto silêncio...
Mesmo que a alma se cale e a estrutura do ser se abale...
Sempre haverá som.
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4 comentários:
Não estará sozinho nesse ritmo.
Bela composição.
Saudades amigo- sumimos nós. Não estou postando. Bastante atarefada com outras coisas por aqui.
E também dedilhando nas dissonantes que os tons menores me trazem, nos duetos das partituras que o destino me compôs, nas batidas rebatidas dos sonetos do "depois"
beijos
Gostei! Nos poemas surgem a verdadeira expressão do que sentimos.
Meu novo blog:
http://psicanalisejunguiana.blogspot.com/2011/05/jung-origem-e-formacao.html
Oi, Anderson!
Eu fiquei sumida por um longo tempo do meu blog. Postei um texto aqui e outro ali, mas estava difícil visitar alguns blogs que eu gosto.
Mas estou guardando um tempinho, mesmo que mínimo para ler os textos, ao menos, dos blogs que eu admiro muito. E um desses é o seu blog.
Achei lindo o que compôs!
Seus versos soam músicaaaaaa!
Abraço de NINA
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