Carta de amor

Nunca me renderei à traição.
Jamais a deixarei de lado...
Nem para chorar.
Faço votos de casamento com ela.
E cumprirei todos eles.
Por amor...
O amor me move, me abala, me conforta e traduz;
As linhas de horizontes distantes e quase inatingíveis.
Só ela me levará lá...

Me carregará nos braços,
Me cuidará no cansaço,
Desse papel que amasso,
Fará doação de um abraço.

Serei feliz se nunca a abandonar.
E se souber usa-lá sem contensão.
Nas conversas com o Divino,
No brilho do olhar do menino,
Nos passos lentos de um peregrino.

Ela me fará companhia nas críticas sociais e políticas.
Ela estará comigo na morte de um amigo ou em quaisquer situações místicas.

Ela me servirá como escudo.
Me tirará o medo do escuro.
Me privará do sentimendo obscuro.

Ela...
Minha alegria,
minha agonia,
minha nostalgia,
minha ironia,
minha mania,
minha moradia,
minha melodia,
minha ousadia,
minha rebeldia,
minha teimosia...

Minha pequena,

Minha poesia!